tag:blogger.com,1999:blog-58711422754134802052024-02-18T17:47:51.192-08:00Di Gestão CulturalCultura em processo.........http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.comBlogger11125tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-41122379033953479392013-03-18T12:19:00.001-07:002013-03-18T12:19:23.830-07:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGoIccnx_oJvMokLFB3oqxV2C1E0g0DRFHoZfu8YORoEtTyIuHy9S-aDFL8TduMJiMLDzdas-Ely7Ac0PeDk_3XTQpYsr8xsN8otd1alx7QxUtMteU43gg1KEuANpv6MlbQDwqjhgyjxQ/s1600/fotos-do-por-do-sol-na-natureza.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGoIccnx_oJvMokLFB3oqxV2C1E0g0DRFHoZfu8YORoEtTyIuHy9S-aDFL8TduMJiMLDzdas-Ely7Ac0PeDk_3XTQpYsr8xsN8otd1alx7QxUtMteU43gg1KEuANpv6MlbQDwqjhgyjxQ/s320/fotos-do-por-do-sol-na-natureza.jpg" width="320" /></a></div>
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Em Gestão cultural, não é, somente fazer festivais, abrir teatro, ou coisas assim é fazer com que um projeto qualquer, deser de ser qualquer projeto.<br />
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Angel Mestres<br />
Transit Projects<br />
...http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-17266652159127102212013-02-10T10:48:00.001-08:002013-02-10T10:48:11.335-08:00Retorno<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7nNQSm9aAs-1K7FRqgJBcqO1Ou_5Ujgl5cs3u5wK24qZGcZr2oLrwELiI6MRY3GzM5uJjn2I2h0gIhjvNtQEQAFsbGPTszP5KvF8pgFA_Y6WvcReI2EbshgOq_xDLVoFAovY5KFEfCk/s1600/avenidaibirapuera_adripaiva430d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhw7nNQSm9aAs-1K7FRqgJBcqO1Ou_5Ujgl5cs3u5wK24qZGcZr2oLrwELiI6MRY3GzM5uJjn2I2h0gIhjvNtQEQAFsbGPTszP5KvF8pgFA_Y6WvcReI2EbshgOq_xDLVoFAovY5KFEfCk/s1600/avenidaibirapuera_adripaiva430d.jpg" /></a></div>
Muito tempo sumida, muito tempo não postando, nada. Peço, desculpas, sem mais.<br />
Muita coisa boa aconteceu neste periodo.<br />
Digestão cutural, hoje não é mais só um blog, é tambem uma produtora, e vou relatar aqui algumas coisas, espero ter mais constancia e mais seguidores. Mudamos pra Barcelona. Por que produzir em tempo de crises, é mais gostoso e mais desafiador. <br />
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Aqui pretendo postar, sobre novos editais, Brasil, Espanha e Mundo, se tiver algo de outras galaxias, postaremos aqui também.<br />
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Bjos pra vcsss e muita merda neste 2013 ...http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-76154878329354072492012-08-16T05:10:00.000-07:002012-08-16T05:10:01.766-07:00Entrevista Sobre Produção Melina Hickson<a href="http://vimeo.com/15738669#">http://vimeo.com/15738669#</a><br />
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Achei tão interessante esta entrevista sobre produção, onde deixa bem claro, produtor antes de demandar tem que trabalhar, tem que entender para só assim, saber explicar e demandar da forma certa.<br />
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<br />...http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-89081390351567786842012-07-17T14:27:00.000-07:002012-07-17T14:27:12.840-07:00Grupo Sonhus Ritual - Peça QQISS<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbmB4_OhJn8IKTKrModGwJZyCPEYTMQ0YD4LgQcsnwtHEfuOfde9x1gvtBqhJ_LeVkTBv6_nv8RYzHwRUF-ViBcEx9ZWql2Ti_Li24p48byGzb62p_vjHBY2tV5FCvfoD3dw8CNCaHkpo/s1600/181467_421991941173895_524167118_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbmB4_OhJn8IKTKrModGwJZyCPEYTMQ0YD4LgQcsnwtHEfuOfde9x1gvtBqhJ_LeVkTBv6_nv8RYzHwRUF-ViBcEx9ZWql2Ti_Li24p48byGzb62p_vjHBY2tV5FCvfoD3dw8CNCaHkpo/s320/181467_421991941173895_524167118_n.jpg" width="168" /></a></div>
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O Espetáculo QQISS já existia no portfólio, porém teve uma roupagem nova, com a trilha do Pink Floyd, baseado no magico de OZ, não flipe, foi perfeito eu tive o prazer de fotografar parte do processo e produzir.</div>
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Entre pedidos de sacolas, envios de convites e muito mais coisas no final foi um sucesso e a prova que trabalhar com TEATRO é uma delicia sempre. </div>
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Vou tentar explicar aqui um pouco do processo de produção desta peça em duas semanas que foi uma delicia.</div>...http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-73358957140952395352012-07-10T10:03:00.001-07:002012-07-10T15:30:35.727-07:00Empezar de nuevoHola, que volvo enhorabuena, y ahora en la capital de la cultura, en Barcelona....<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRUlFYtGVs-NmsAxdXFpRbBPcUoTdGd63gJoal0Ey6ifukwGUOYhmbRElifQvKQtykvlUDF3zgO0TBv9SsUluoVZxdjpNXahOuD1p5BlLoba6R-jiY5z14G05mmSHMfOvm-Yvhnq_96CI/s1600/IMG_4340.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRUlFYtGVs-NmsAxdXFpRbBPcUoTdGd63gJoal0Ey6ifukwGUOYhmbRElifQvKQtykvlUDF3zgO0TBv9SsUluoVZxdjpNXahOuD1p5BlLoba6R-jiY5z14G05mmSHMfOvm-Yvhnq_96CI/s400/IMG_4340.jpg" width="400" /></a></div>
Bien como se ha passado mucho tiempo voy a poner de los ultimos trabajos en Brasil y mi busqueda sin fin para trabajar en Barcelona... pero Bueno que dios me ayudeeee... Adios los quiero......http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-189317610533392092011-07-27T05:58:00.000-07:002011-07-27T05:58:16.799-07:00A Cultura está de Luto (Carta Convite Manifesto)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg09z4HjqC_2_fhUpKfcJWFbQGftm-BcCZYHweeLJv5QNGRzqovdWBbsQvYQGYXkguT3dBrJBFgdancwdtxXZN9pwjHs2OB9JVCYe9YRsLFYQPe8RhPGe3-D3EngpebRD209a3_410hnEo/s1600/lutoo.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg09z4HjqC_2_fhUpKfcJWFbQGftm-BcCZYHweeLJv5QNGRzqovdWBbsQvYQGYXkguT3dBrJBFgdancwdtxXZN9pwjHs2OB9JVCYe9YRsLFYQPe8RhPGe3-D3EngpebRD209a3_410hnEo/s1600/lutoo.jpeg" /></a></div><br />
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Bom depois de tanto, recebi uma carta no dia dia 20, e apesar de fazer muito tempo que não escrevo e ter passado do dia, pensei em colocar isto no blog, para vermos o cenário desesperador que está a cultura, não só em Goiás, não só no Brasil, como no mundo, recebo, noticias de amigos da Europa dos cortes que cultura e Educação tem tido, cortes não, facadas e punhaladas, festivais como o FITEI, com seus valores reduzidos, empresas culturais fechando e agora que, a arte como vemos em algumas culturas é uma forma e sair da crise e se matamos isto conseguimos só nos afundar mais vejamos o que pode ser feito e qual o seu efeito para isto, segue abaixo a carta de manifesto.<br />
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De: <b class="gmail_sendername">Kleber Damaso</b> <span dir="ltr"><<a href="mailto:kdbueno@gmail.com" target="_blank">kdbueno@gmail.com</a>></span><br />
Data: 20 de julho de 2011 17:45<br />
Assunto: carta convite - manifesto artes cênicas - urgente<br />
Para: <br />
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<div class="gmail_quote"> <div> <div dir="ltr"> <div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">Prezados colegas,<u></u><u></u></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">É sabido por grande parte dos trabalhadores da cultura que o Governo de Goiás, desde seu início de mandato, segue na contramão do que é necessário para o desenvolvimento e planejamento de ações para a área cultural de nosso Estado. Desde o corte de 50% aplicado no orçamento da Lei Goyazes, até recentes acontecimentos, temos uma total falta de bom senso. <u></u><u></u></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="background-color: white; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #2a2a2a;">A AGEPEL convidou alguns membros das artes cênicas para que os mesmos elaborem um edital a ser contemplado entre as áreas do Teatro, da Dança e do Circo para este ano de 2011, oferecendo um valor de <b>R$ 150.000,00</b>. No <b>Jornal</b> <b>O Popular</b> de 19/07/2011 tem a seguinte notícia: “O governo estadual fechou quatro contratos com o cantor goiano Leonardo para realização de dez shows no interior, com valor total de <b>R$ 1,15 milhão</b>”. Segundo a notícia “os valores referem-se apenas ao cachê de Leonardo, não sendo incluídos gastos com a estrutura”.</span><u></u><u></u></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">A lei, praticamente o único instrumento utilizado para fomentar nossa cultura, corresponde hoje a <b>0,025%</b> da receita líquida do Estado, totalizando o montante de <b>2,5 milhões</b>. Com nossos <b>246</b> municípios, se fizermos uma conta simples, dividindo o valor proposto para o Programa Goyazes em parcelas iguais independente do número de habitantes e do PIB local de cada cidade, chegamos a uma quantia de R$ 10.162,60 para o investimento em cada uma delas <b><i>por ano</i></b>. É um valor inferior ao salário de <b><i>um só mês</i></b> de qualquer secretário de estado ou cargos equivalentes. E o “investimento” no referido cantor é quase <b>50%</b> do total aplicado na lei o ano todo ou praticamente <b>8</b> vezes maior do que nas três áreas para todo o estado.<u></u><u></u></div><div style="background-color: white; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;">Isso demonstra que o Estado de Goiás precisa com urgência encarar, de fato e não de discurso, o desafio de fomentar adequadamente seu setor cultural.<u></u><u></u></div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0pt; text-align: justify;"><span style="color: #548dd4;">Convocamos e convidamos os militantes das Artes Cênicas</span> para um encontro com o <b><i>objetivo de tomarmos uma atitude política e artística</i></b>. É necessário <span style="color: black;">dar visibilidade à questão artística, bem como, da ausência de políticas públicas que promovam ações continuadas à altura da demanda da comunidade artística e cultural do estado. <u></u><u></u></span></div><div style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 9pt;">Encontro das Artes Cênicas<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 9pt;">Dia: 21/07/11 – quinta-feira<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 9pt;">Horário: 19h10min<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 9pt;">Local: Quasar Cia. de Dança<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 9pt;">End.: </span><span style="font-size: 9pt;">Rua T-28, Qd. 45, Lt. 21, Setor Bueno</span><span style="color: black; font-size: 9pt;"><u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">Saudações Culturais!<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 11pt;">Segue assinaturas,<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><br />
</div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">Marcelo Carneiro – Produtor Cultural - Diretor da Feteg<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">Vera Bicalho – Diretora da Quasar Cia. de Dança<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">Murilo Garcez – Produtor Cultural<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">Kleber Damaso – </span><span><span style="color: #2a2a2a; font-size: 10pt;">Pesquisador e Professor da UFG</span></span><span style="color: black; font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">Maneco Maraca – Circo Laheto<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">Marcos Lotufo – Oficina Cultural Geppetto<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span style="color: black; font-size: 10pt;">Danilo Alencar – Grupo Arte & Fatos - Presidente da Feteg<u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span><span style="font-size: 10pt;">Samuel Baldani - Grupo Guará<u></u><u></u></span></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span><span style="font-size: 10pt;">Sacha Witkowski - Produtor Cultural - Fórum de Dança de Goiânia</span></span><span style="font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span><span style="font-size: 10pt;">Norval Berbari - Ator, Conselheiro Estadual de Cultura e Vice-Presidente da Feteg</span></span><span style="font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div><div style="font-size: 10pt; margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: justify;"><span><span style="font-size: 10pt;">Maria Cristina M. de Souza- atriz/ empresária</span></span><span style="font-family: Tahoma; font-size: 10pt;"><u></u><u></u></span></div></div></div></div><br />
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Abaixo coloco minha assinatura também<br />
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Tâmara Alves - Espectadora deste mundo atroz...http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-32961783144244327192011-05-09T05:09:00.000-07:002011-05-10T11:10:50.368-07:00FOMENTO E FINANC IAMENTO À CULTURA: QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOSLi um artigo de 2003 e pensei como apesar de terem se passado 8 anos, o assunto é atual, os tempos mudaram mas os desafios continuam os mesmos, não que não se evoluiu neste periodo, mas o que ocorre é que os desafios ainda não foram todos superados 1 a 1 em sua totalidade, vencemos pequenas batalhas, mas ainda existe a necessidade de vencer uma grande guerra.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><br />
Acostume se o blog voltou e com tudo agora....<br />
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<div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxAmlXQ5b42CgCAzBh0J3jSGQFUh3vfKOAL-aNA_f948w1jU5Drqo_ObLqg7dtUgOLTRqJen70agAFgSZdEY_z6d2Up4vxmJjC4s4vzKb20QTesDzMnjJsVB14yxXSr8dR4UMBB0JFrFM/s1600/desafio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxAmlXQ5b42CgCAzBh0J3jSGQFUh3vfKOAL-aNA_f948w1jU5Drqo_ObLqg7dtUgOLTRqJen70agAFgSZdEY_z6d2Up4vxmJjC4s4vzKb20QTesDzMnjJsVB14yxXSr8dR4UMBB0JFrFM/s320/desafio.jpg" width="316" /></a></div><br />
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<b><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;">Quais os principais desafios da política federal de cultura</span></b><br />
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<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>Em primeiro lugar desenvolvê-la no sentido de situá-la no centro da atuação </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>pública, no centro das reflexões sobre desenvolvimento com justiça social e </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>portanto no centro das decisões políticas do Governo Federal e da sociedade; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Isto se faz de muitas formas, mas essencialmente promovendo e </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>desenvolvendo um Plano Nacional de Cultural, com horizonte </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>mínimo de 05 anos a exemplo de países como México, Chile, Colômbia, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>que focalize as preocupações e os esforços nacionais em direção a uma </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>sociedade mais justa e com forte atenção aos direitos dos cidadãos. </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Promovendo uma ampla discussão nos fóruns representativos da </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>sociedade como Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico, o </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>Congresso Nacional, os parlamentos regionais, colaborando no PPA e </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>em qualquer documento político que apresente os esforços nacionais de </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>desenvolvimento; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Lutando por verbas públicas dignas através do mecanismo da </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>vinculação, como utilizado pelas áreas de educação e saúde no país. </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>‰ Fundamentar as políticas de culturas em um sistema articulado entre municípios, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>estados, federação, destacando o território local como lócus privilegiado da </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>dinâmica cultural e o poder local como primordial para entender e atender os </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>fenômenos e atividades culturais; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Implantando o Sistema Nacional de Cultura, através de uma reforma </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>administrativa proposta pelo Ministério da Cultura, que conte com </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>diretrizes claras de atuação, metas de desempenho e indicadores de </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>avaliação, com financiamento trípartide e controle social. </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Descentralizando as ações do Estado, através de agências/fundos </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>regionais de desenvolvimento cultural, com contribuições dos impostos </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>municipais, estaduais e federais e participação das estatais; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Formando gestores de cultura pelo país todo, qualificando a carreira </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>pública de cultura, abrindo concursos onde eles sejam necessários; 7</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>‰ Universalizar o acesso ao conhecimento cultural, democratizando os meios e </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>ampliando a capilaridade através da ampliação dos serviços prestados à sociedade </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>brasileira; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Escola – influenciando na grade curricular de ensino, devolvendo o </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>protagonismo cultural aos bancos escolares, com isto formando hábito, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>gosto etc. Destacando a necessidade do retorno da formação artística e </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>cultural na rede pública educacional do país. </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Priorizando o livro e a leitura, como instrumentos insubstituíveis, a </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>exemplo do México, em todas as ações voltadas para ensino/educação, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>desenvolvendo competências e habilidades de leitura absolutamente </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>necessárias para qualificar as condições de vida dos cidadãos no século </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>XXI; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Circuitos e intercâmbios culturais organizados localmente através de </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>programas federais de incentivos e da organização do calendário de </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>festivais e mostras nacionais e internacionais </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Ampliando a presença do Estado em todos as comunidades e territórios, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>expandindo os espaços públicos de cultura ou fortalecendo os espaços </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>culturais comunitários, provendo-os de experiências e referencias plenas </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>de sentidos. Serviços culturais que podem se dar através de dinâmicas </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>locais através de ongs, de escolas, de associações comunitárias, de </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>bibliotecas, de ruas e praças; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Incentivando práticas culturais variadas, nas escolas, nos bairros, nas </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>ruas, através de oficinas, de aulas públicas, de concertos abertos, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>buscando outras formas de mediação entre o projeto cultural e o cidadão, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>superando a concepção de mero espectador. </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>‰ Organizar o processo da produção comercial de cultura, dos setores profissionais </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>com apelo mercadológico e industrial; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Estimular e financiar a estrutura profissional para oxigenação do setor, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>infra-estrutura hoteleira, salas de apresentação, circuitos internacionais, </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>feiras; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Adequar o perfil das leis de incentivos aos desafios de criar um sistema </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>de produção cultural orgânico e positivo; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Convocar a participação do empresariado através de diagnósticos e metas </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>estabelecidas pelo Estado (Cinema, Teatro Comercial, Artesanato etc), </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>visando o desenvolvimento setorial de longo prazo e não circunstancial; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Compreender a cultura como um ativo, capaz de gerar renda, trabalho e </b></span><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgxAmlXQ5b42CgCAzBh0J3jSGQFUh3vfKOAL-aNA_f948w1jU5Drqo_ObLqg7dtUgOLTRqJen70agAFgSZdEY_z6d2Up4vxmJjC4s4vzKb20QTesDzMnjJsVB14yxXSr8dR4UMBB0JFrFM/s1600/desafio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><br />
</a><span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>desenvolvimento sócio-econômico a partir da potencialização das </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>singularidades da produção cultural de cada território; 8</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Apostar na qualificação profissional de qualidade implantando uma </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>Fundação de Amparo a Qualificação Profissional no Campos das Artes </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>semelhante ao das fundações de amparo à pesquisa no Brasil. </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>‰ Tratar de diagnosticar as questões específicas de cada setor, fomentando-as com </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>mecanismos diferentes e com financiamentos diferenciados. </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Mecanismos centralizados não contribuem neste processo; </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>o Desenhando programas de fomento que englobem todos os requisitos </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>para o crescimento continuado de cada setor e não apenas subvenções </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>esporádicas. </b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b><br />
</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b>Fonte: </b></span><a href="http://www.xbrasil.net/pdf/pp_fomento.pdf">http://www.xbrasil.net/pdf/pp_fomento.pdf</a><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="color: #274e13;"><b><br />
</b></span>...http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-69267488746764040862011-02-24T22:16:00.000-08:002011-02-24T22:16:46.601-08:00VOLTANDO DE FÉRIASTeve um período de reflexão e formação de idéias e diretrizes para o Gestão Cultural e agora vos digo as férias começaram. Teremos este ano postagens duas vezes por semana, que serão divididas em entrevistas matérias e tudo mais da "pegada"* do mundo pop rock da produção, Acomapnhe Gestão cultural e se sinta parte disto.<br />
Semana que vem postagem da entrevista com Leonardo Brants....http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-48336988867387089012011-01-18T08:51:00.000-08:002011-01-18T08:51:40.940-08:00Quem foi Paulo Sergio RouanetCom a substituição de Ipojuca Pontes por Sérgio Paulo Rouanet, tem início uma<br />
tentativa de recuperação da credibilidade de Fernando Collor de Mello junto às<br />
camadas intelectual e artística. O novo secretário de cultura, embaixador de carreira,<br />
deixou sua gestão conhecida pela elaboração de uma nova lei de incentivos fiscais à<br />
cultura (lei 8.313/1992), para ocupar o lugar da anterior, revogada em março de<br />
1990. <br />
Embora o trabalho de regulamentação que tenha feito essa nova lei efetivamente<br />
operacional e atrativa tenha ficado para a gestão seguinte, do tributarista<br />
Nascimento e Silva, o restabelecimento de um instrumento de incentivo fiscal era<br />
algo esperado pelas clientelas de artistas e produtores culturais. <br />
Na década de 90 a grande tônica da administração cultural no Brasil, ao menos o<br />
assunto que ocupa a maior parte do noticiário relativo à gestão cultural, é a questão<br />
da parceria público-privado, que o governo federal vem buscando propor como a<br />
melhor maneira de envolver empresas e pessoas físicas no financiamento a<br />
atividades culturais. Neste sentido, o que se discute e se publica na imprensa a <br />
<br />
respeito de política cultural, é quase só sobre esse assunto. Como diz Isaura<br />
Botelho, "a prática vem demonstrando que parte importante do cotidiano do<br />
ministério se alimenta da administração das exigências burocráticas das leis de<br />
benefícios fiscais e dos recursos que advêm do Fundo Nacional de Cultura,<br />
(composto de porcentagem de loterias e de fundos regionais)". <br />
Embora o esforço no sentido de tornar as leis atuantes e eficientes seja válido, na<br />
medida em que significa diversificação de fontes de apoio, aumentando as<br />
possibilidades de viabilização de projetos que correspondam a uma pauta criativa<br />
mais diversificada, dois riscos precisam ser considerados: o primeiro está em<br />
imaginar que os financiamentos através de incentivos fiscais possam substituir o<br />
apoio direto a projetos (a fundo perdido); o segundo é o de permitir que a celebração<br />
dessa nova "parceria" ajude na dissimulação de uma intervenção casuística do<br />
governo federal no plano da cultura.<br />
Segundo Isaura Botelho "...a área de cultura requer a presença do setor<br />
governamental através de uma política criteriosa que se veja refletida no sistema de<br />
instituições que compõem o ministério. O apoio financeiro por parte do poder<br />
público (...) reveste-se de um caráter, por assim dizer, pedagógico, com relação aos<br />
demais segmentos da sociedade. Além de dar suporte a atividades de médio e longo<br />
prazos que, por suas características, não dão retorno de imagem, a esfera<br />
governamental é a única que pode encarar o setor de maneira global, contribuindo<br />
para a existência de ações coordenadas que ataquem as inúmeras carências<br />
existentes. Desta forma sua presença não só estimula a própria produção artística e<br />
cultural, como também a valoriza perante aqueles que prioritariamente investem em<br />
arte por razões de imagem e não por seu valor intrínseco". <br />
Em fins de 1998, quando se colocou a possibilidade de reeleição do presidente<br />
Fernando Henrique Cardoso, e, por conseguinte, a de recondução do ministro<br />
Francisco Weffort, o Ministério da Cultura editou uma coleção de textos - Um olhar <br />
<br />
sobre a cultura brasileira, organizada pelo próprio ministro e pelo diretor da<br />
Funarte, Márcio Souza. <br />
Os textos reunidos no volume, escritos na quase totalidade por altos dirigentes do<br />
ministério, além do objetivo óbvio de mostrar o que fora feito nos quatro anos da<br />
gestão que, em princípio, estaria acabando, tem duas virtudes que merecem<br />
destaque: a primeira é o fato de reunir em um só volume uma paisagem das mais<br />
variadas áreas da cultura brasileira, abordadas de perspectiva crítica, e na maioria<br />
das vezes referida à ação da administração federal; a segunda é a de não esconder<br />
algumas das grandes carências ou atrasos do país em matéria de artes e patrimônio<br />
artístico e histórico. Entre essas carências ou problemas eu destaco três: o déficit de<br />
leitura; a degradação física e subutilização do patrimônio histórico; o encarecimento<br />
da temporada de ópera. A razão é que elas, a meu ver, abrem questões centrais de<br />
gestão cultural.<br />
A insuficiência ou déficit de leitura entre brasileiros. Ela aparece mensurada através<br />
do índice de 2,4 livros produzidos por habitante/ano, enquanto na França é 7 e nos<br />
Estados Unidos, 11. Retirando-se do total produzido os livros didáticos, em geral de<br />
leitura obrigatória e distribuição gratuita, o déficit se mostra ainda pior: 0,8 livros<br />
per capita/ano, estimado para o ano corrente de 2000. (p.42/3). <br />
Entre as causas múltiplas, mas bem conhecidas, do problema, estão a escassez de<br />
canais de distribuição (26 mil bancas de jornais e menos de mil livrarias, "a maioria<br />
em dificuldades"). As tiragens insuficientes (3.000 exemplares no Brasil, contra<br />
30.000 em países adiantados, encarecendo o preço final). "O livro livremente<br />
comprado pelos cidadãos é um mercado que não se desenvolve", diz o texto,<br />
salientando o conhecido estrangulamento dos canais de distribuição, além do custo<br />
final, que deixa o preço médio final do livro equivalente a um décimo do salário<br />
mínimo. <br />
<br />
As compras de livros por parte de bibliotecas públicas são quase nulas". Essas<br />
bibliotecas são 3.896, na grande maioria municipais, das quais 356 (ou 9,1%)<br />
possuem computador e 2.500 (64%) não possuem sequer uma copiadora, segundo<br />
pesquisa recente feita pelo minC. As estimativas de um número razoável para o<br />
Brasil são da ordem de 10 a 15 mil bibliotecas públicas, para atingir um nível como<br />
o da Espanha ou da Itália. (p.43). <br />
A análise do setor editorial encaminha-se para justificar o Programa "Uma<br />
biblioteca em cada município", no qual o minC repassa a prefeituras ou estados uma<br />
verba de até 40 mil reais, destinados à compra de 2000 volumes para iniciar um<br />
acervo, podendo parte da verba cobrir itens como estantes, mobiliário e afins. A<br />
construção do prédio, o telefone, o salário da bibliotecária, são por conta da<br />
prefeitura ou estado. <br />
Quanto ao desgaste físico do patrimônio histórico e artístico, a estatística é<br />
alarmante: "Segundo dados do IPHAN, cerca de 50% dos imóveis históricos sob<br />
tutela federal encontram-se degradados e 25% estão exigindo alguma obra de<br />
recuperação". Logo a seguir acrescenta-se que aproximadamente dois terços desses<br />
imóveis encontram-se abandonados ou subutilizados". Estimativa de custo é de um<br />
bilhão de dólares para recuperação e 50 milhões anuais para manutenção. (p.147). <br />
O terceiro aspecto, o encarecimento do custo de uma temporada de ópera, aparece<br />
dentro de um discurso que lastima o declínio dessas apresentações no Brasil, quando<br />
comparado com a situação prevalecente até os anos sessenta. Naquela época "...os<br />
teatros municipais do Rio de Janeiro e São Paulo apresentavam regularmente<br />
temporadas com quatro a cinco produções. A qualidade das produções variava de<br />
ano para ano, mas o público era fiel. O custo das temporadas era absorvido em parte<br />
pelos poderes municipais e estaduais, mas os empresários investiam nas produções,<br />
especialmente nas co-produções ou nas importações de cenários, figurinos, cantores<br />
líricos e maestros. O custo dessas temporadas era realista, e a soma da bilheteria e a<br />
ajuda oficial amortizava os investimentos. Na década de 1970, essa economia 33/112<br />
<br />
modesta e rotineira é varrida de cena. A ópera, no Brasil, passa a ser superprodução,<br />
a exigir investimentos de mais de 3 milhões de dólares em cada montagem, um salto<br />
inflacionário brutal para os antigos 100 mil dólares por montagem das temporadas<br />
do passado. Com essa inflação de custos o público fiel desse gênero se viu alijado<br />
dos teatros municipais pelos ingressos dispendiosos". (pp.212/ 214). <br />
Pela sua característica única de ser uma publicação abrangente e capaz de fazer o<br />
balanço, quando menos dar uma idéia geral da situação de cada gênero artístico no<br />
Brasil, contrastando seu estado atual com o desejável, e propondo quais<br />
instrumentos de política cultural poderiam reduzir tanta distância, seria de esperar<br />
que o livro de Weffort e Souza fosse objeto de muita atenção e debate nos meios<br />
artísticos e acadêmicos<br />
6<br />
Além dos estudos e observações de tendências .<br />
quantitativas proporcionados pela existência de leis de incentivo fiscal à cultura<br />
(que compõem, aliás, os dois últimos capítulos do livro de Weffort e Souza, cabe<br />
mencionar o estudo que o minC encomendou à Fundação João Pinheiro, de Belo<br />
Horizonte, e que se encontra disponível no seu site.<br />
A Fundação João Pinheiro, de Belo Horizonte, já tinha uma experiência prévia de<br />
um primeiro e preliminar estudo de economia da cultura, divulgado em uma época<br />
em que muito pouca gente, inclusive e sobretudo economistas, se interessaria pelo<br />
assunto. O segundo estudo - Pesquisa de Economia da Cultura - traz dados mais<br />
sistemáticos; acompanha as tendências do dispêndio governamental no período<br />
1986 a 1995. Quanto aos gastos federais, mostra como os gastos declinam no<br />
período de Collor para depois se recuperar. E que os dispêndios estaduais e<br />
municipais (considerados apenas os 27 municípios que são capitais de estados) têm<br />
uma tendência inversa, como que "substituindo o governo federal" quando os gastos<br />
destes declinam. De todo o modo, a constatação de que os gastos governamentais<br />
<br />
6<br />
Lamentavelmente, porém, a única repercussão do livro até esta data (maio de 2000) parece ser a acusação, pela<br />
imprensa, de ele ter tido um custo de produção editorial abusivo. Sem dúvida, a opção editorial por um formato<br />
artístico transformou o resultado final em algo mais para ser visto do que lido, como o são os livros de arte de modo<br />
geral. <br />
<br />
em cultura são de 5 reais per capita/ano, é pouco encorajadora. Considerando-se que<br />
somente um terço dos municípios/capitais-estaduais gastam quase 90% do total,<br />
tem-se uma idéia clara da enorme concentração que isso significa. No que se refere<br />
às leis de incentivo, a pesquisa mostra que as duas leis federais juntas financiam<br />
mais de quatro quintos de todos os projetos culturais, cabendo o restante a 12 leis<br />
estaduais e 17 municipais.<br />
O estudo em questão foi bastante divulgado pelo minC, em uma época em que os<br />
seminários e as publicações interessadas em marketing cultural se expandiam<br />
rapidamente. Os dois pontos em que se insistiu muito na divulgação foram: <br />
primeiro, o poder de criação de empregos na área cultural, que seria 16 vezes<br />
superior ao investimento na indústria de transformação, para a mesma massa de<br />
investimento. Em uma época de retração da capacidade de geração de emprego na<br />
economia brasileira em seu todo, a notícia ganhou particular interesse; segundo, o<br />
sucesso das leis de incentivo fiscal à cultura em sua capacidade de atrair um número<br />
crescente de empresas. <br />
É preciso frisar que o estudo da Fundação João Pinheiro foi divulgado apenas em<br />
uma versão que sintetiza os principais resultados, não tendo havido, ao que se saiba,<br />
uma exposição e discussão mais aprofundada de sua metodologia. De todo o modo,<br />
ele reúne as estatísticas de dispêndio público que até então eram fragmentárias,<br />
assim como pela primeira vez dimensiona o setor cultural como parte da economia<br />
brasileira. Ou seja, um setor que ocupa 510 mil pessoas (três quartos das quais na<br />
área privada dos mercados culturais) e que representa 1% do produto interno bruto:<br />
6,5 bilhões de reais. O estudo mostra que saúde não ocupa mais de 2,2% e educação<br />
3,1% da força de trabalho, o que salienta, por aproximação e diferença, a<br />
importância econômica da cultura. Um outro estudo encomendado pelo minC<br />
analisou a estrutura econômica da indústria de cinema no Brasil e sua inserção no<br />
mercado áudiovisual internacional.<br />
<br />
Ver, no site do minC, A Economia do Cinema no Brasil, clicando-se em Economia da Cultura. <br />
<br />
Durante os anos noventa também ocorreram outras iniciativas de quantificação na<br />
área cultural brasileira, indispensáveis para uma visão mais orgânica do setor. São<br />
levantamentos, mapeamentos e cadastros executados por órgãos públicos, por<br />
universidades, por organizações não governamentais ou mesmo por pesquisadores<br />
autônomos. São trabalhos puramente documentais, que não rendem na mídia, mas<br />
que são indispensáveis, sobretudo porque juntam muita informação e comprovam a<br />
existência, no país, de uma rede cada vez mais densa de artistas, produtores<br />
culturais, grupos, instituições, equipamentos, fontes de recurso, etc. Uma visão nova<br />
e mais otimista da vida cultural brasileira se torna assim possível, na medida em<br />
que essa massa documental tenha condições de atualização e disponibilização,<br />
ajudando a desacreditar a postura cética que se alimenta da desinformação, mas que<br />
insiste em acreditar que o campo cultural brasileiro continua sendo um abismal<br />
vazio. Servem aqui de exemplos iniciativas como os censos culturais já realizados<br />
para os Estados de São Paulo (pela Secretaria Estadual de Cultura de SP, que<br />
também organizou o Mapa Cultural Paulista), de Minas Gerais e Bahia (realizados<br />
pelo escritório Informações Culturais, de São Paulo). Tais censos inventariaram<br />
todos os espaços e equipamentos culturais disponíveis. Outro exemplo é o "capítulo<br />
Brasil" que o Centro de Estudos da Cultura e do Consumo, da EAESP/FGV,<br />
organizou para a Organização dos Estados Iberoamericanos, com sede em Madri,<br />
juntando e organizando informações sobre instâncias governamentais, não<br />
governamentais e privadas com ação na área cultural, associações de artistas e<br />
técnicos, de arrecadação de direitos autorais, cadastros de artistas das mais variadas<br />
especialidades. O minC organizou um Censo de Oferta Cultural, em 1988, do qual<br />
uma parte está disponível em seu site. Ele organiza também um Cadastro de Eventos<br />
Culturais, por município, e disponibiliza em seu site o Sistema Aberto de Cultura e<br />
Informação/SACI, que é um conglomerado dos mais diversos acervos. O enorme<br />
avanço da informática na última década tem ajudado muito nesse esforço, cujo<br />
resultado se verá melhor quando emergir - espera-se - uma demanda<br />
(governamental, associativa, empresarial e acadêmica) por estudos e serviços que<br />
exijam uma visão mais completa, precisa e orgânica da área. 36/112<br />
<br />
Por força dos interesses que se organizaram em torno das leis de incentivo fiscal, de<br />
sua operacionalidade e de seu interesse na estratégia empresarial, os anos noventa<br />
também foram pródigos em debates que reuniram artistas, produtores culturais,<br />
técnicos do setor público e gerentes de marketing. Embora oportuna, a<br />
transformação desses debates em livros (Mendonça, Marcos, 1994; Mendes de<br />
Almeida, C., Informações Culturais, 1998) não chegou a suprir a falta de estudos<br />
mais sistemáticos, inclusive de um bom manual de marketing, que, aliás, só pode ser<br />
construído em cima do conhecimento da estrutura e do volume de cada um dos<br />
mercados culturais, o que supõe, por sua vez, uma quantidade e diversidade de<br />
informações que ou não existem no Brasil, ou são de domínio privado das<br />
organizações que os produzem ou os compram (Colbert, 1997).<br />
O Primeiro Fórum de Integração Cultural "Arte sem Fronteiras" aconteceu em<br />
novembro de 1998, em S. Paulo, e reuniu dirigentes e técnicos de inúmeras<br />
agências, além dos adidos culturais dos países da região. Teve patrocínio do Sesc e<br />
da Unesco e seu temário girou basicamente em torno das condições e possibilidades<br />
de integração cultural no continente, como condição de reforço de identidades<br />
culturais e de consolidação democrática. Entre as propostas desse evento destacouse a necessidade e a urgência de circulação de mais e melhores informações sobre a<br />
vida cultural e sobre os seus suportes econômicos, legais, políticos e<br />
administrativos, em cada país do continente. <br />
Um tema final, em conexão com as mudanças mais recentes no cenário das políticas<br />
culturais (inclusive presente no Fórum acima citado) e exacerbado pela<br />
globalização, é o da relação entre política cultural e diplomacia. <br />
Apesar de o Brasil ter uma diplomacia muito prestigiada internacionalmente, os<br />
diplomatas brasileiros muito pouco avançaram em uma reflexão sobre a dimensão<br />
cultural nas relações internacionais. Existe apenas uma monografia publicada por<br />
diplomata brasileiro sobre o assunto (Ribeiro, 1989). Segundo o autor, buscando<br />
uma delimitação inicial, o universo da diplomacia cultural recobre as seguintes <br />
<br />
atividades: intercâmbio de pessoas; promoção da arte e dos artistas; ensino de<br />
língua, como veículo de valores; distribuição integrada de material de divulgação;<br />
apoio a projetos de cooperação intelectual; apoio a projetos de cooperação técnica;<br />
integração e mutualidade na programação (p.21). <br />
É uma obra felizmente rica em material para situar os principais momentos de<br />
integração da cultura nas relações internacionais dos países mais poderosos no<br />
século XX. Ela serve de base principal aos comentários que seguem.<br />
Considerem-se de início os países europeus que se projetaram internacionalmente a<br />
partir dos séculos XVIII e XIX como metrópoles coloniais. Eles construíram, desde<br />
o início do séc. XX, (mas com forte avanço imediatamente antes e durante a<br />
segunda guerra mundial) redes institucionais para difusão e imposição de seu<br />
idioma e de sua tradição artística, como é o caso da França<br />
, da Inglaterra<br />
<br />
da Alemanha<br />
, concentrando recursos segundo prioridades ditadas por suas diretrizes<br />
de política externa (Ribeiro, 1989; Ministère des Affaires Etrangères (França), 1984<br />
e 1995). <br />
<br />
Em final dos anos oitenta a França administrava uma rede com mais de 100 liceus, 250 centros ou institutos<br />
culturais e 1.200 filiais da Aliança Francesa, com aproximadamente 500.000 estudantes matriculados. A partir da<br />
descolonização, o francês passou a ser o traço comum de mais de 140 milhões de pessoas em 32 países<br />
independentes. O Ministère des Affaires Etrangères, através da Direção Geral para as Relações Culturais,<br />
Científicas e Técnicas, hoje coordena a política cultural externa da França, orquestrando a repercussão no exterior<br />
das atividades da Radio France Internationale, Instituto Nacional do Audiovisual, entre outros. (Ribeiro, 1989,<br />
pp.54 e 55).<br />
9<br />
O British Council começou a atuar culturalmente em 1934. Suas atividades vão "desde o ensino da língua e a<br />
formação de professores de inglês, ao intercâmbio acadêmico e profissional no campo da ciência, das artes e da<br />
tecnologia. A entidade organiza, além disso, concertos, exposições de artes plásticas, feiras de livros e mostras<br />
teatrais. A BBC e o Central Office of Information também fazem parte do sistema de informação. O Foreign Office<br />
acompanha a programação da BBC.(Ribeiro, 1989, p.60)<br />
10<br />
A partir dos anos sessenta a República Federal da Alemanha incluiu cultura em sua estratégia internacional,<br />
visando remover o estigma deixado pelo nazismo e recuperar seu prestígio. Ribeiro enumera o enorme avanço<br />
conseguido através do trabalho de vários organismos federais de informação e cultura que atuam na área<br />
internacional. Por exemplo, o Instituto Goethe, com aproximadamente 170 centros de estudo espalhados por<br />
sessenta e cinco países. A Direção de Relações Culturais do Ministério dos Negócios Estrangeiros tem a<br />
coordenação do sistema. <br />
<br />
O uso da cultura como dimensão da política internacional, no caso dos Estados<br />
Unidos, também teve a ver com a Segunda Guerra Mundial, com a criação de uma<br />
Divisão de Relações Culturais no Departamento de Estado. "Também em função da<br />
segunda grande guerra, a América Latina viria a ser o primeiro continente a receber<br />
institutos culturais norte-americanos. A exemplo do ocorrido com os centros<br />
ingleses, franceses e italianos, esses institutos, que haviam originalmente surgido de<br />
forma mais ou menos espontânea graças ao esforço das comunidades de americanos<br />
residentes na América Latina, logo passaram a receber apoio financeiro e logístico<br />
do governo norte-americano. Em 1946 já havia 27 desses institutos culturais em<br />
todo o mundo, a maior parte deles na América Latina". (Ribeiro, 1989, p.62; ver<br />
também Moura, 1984).<br />
Em 1953 o governo norte-americano cria a USIA/United States Information<br />
Agency, e com ela inicia-se o declínio da influência do Departamento de Estado em<br />
matéria de planejamento e controle das atividades culturais e de informação norteamericanas no exterior. Mas, de modo geral, segundo Ribeiro, seja pela conjuntura<br />
da guerra, seja depois pelo confronto ideológico com a União Soviética, as<br />
atividades culturais da política externa americana nunca perderam completamente<br />
algum caráter de propaganda. <br />
Ribeiro sustenta que o Brasil precisa desenvolver a uma ação diplomática mais<br />
consistente e desejável em matéria de cultura; uma ação planejada e devidamente<br />
fundamentada no princípio de mutualidade, ou de igualdade reconhecida entre<br />
parceiros, e sobretudo fundada em uma visão de longo prazo (visto que a ansiedade<br />
por efeitos mais rápidos denuncia uma intenção propagandística, reduzindo sua<br />
própria eficácia). (p.71). <br />
Por outro lado, as programações culturais a serem feitas com o apoio da diplomacia<br />
deveriam ouvir "as reais necessidades dos países de destino", ou seja "os artistas e<br />
intelectuais do país-alvo das programações deveriam ser consultados". (p.91) 39/112<br />
<br />
Ribeiro se mostra entusiasmado com o acordo então recente entre Itamaraty, minC<br />
e MEC, e também com a recente criação do minC abrindo a possibilidade de,<br />
internamente, o governo federal começar a agir com estratégia. Também acreditava<br />
na possibilidade de criação de uma linha de incentivos fiscais para alimentar um<br />
Fundo para a Promoção da Cultura no Exterior.11<br />
Quanto à ação passada, lembra o<br />
papel importante da diplomacia brasileira em articular a divulgação e a<br />
comercialização do cinema brasileiro no exterior, em convênio com a Embrafilme,<br />
assim como uma série de outras iniciativas de apresentação da arte brasileira em<br />
outros países das quais teria resultado um efeito positivo de alavancagem. <br />
Apesar desses fatos encorajadores, o diplomata previu em seu livro um cenário<br />
"lento e sinuoso" para a diplomacia cultural brasileira. Enfatizou que só com uma<br />
ação menos casuística e passiva<br />
<br />
o Brasil conseguiria edificar uma diplomacia<br />
cultural compatível com "a parcela de influência que lhe cabe no cenário<br />
internacional". (p.101). Certamente, a sinuosidade e a lentidão foram sua maneira<br />
de imaginar o quanto se teria de caminhar até começar a reverter uma situação<br />
orçamentária muitíssimo desfavorável, como a descrita nesta comparação: <br />
"...a faixa média das despesas de alguns países desenvolvidos com projetos de<br />
difusão cultural e assistência técnica, no período 1986/7, teria sido<br />
aproximadamente a seguinte: França, 1,2 bilhão de dólares; RFA, 996 milhões;<br />
Japão (...) 510 milhões; e Grã-Bretanha, 370 milhões. O Brasil, em comparação, não<br />
gastaria, de momento, mais do que 1 (um) milhão de dólares com projetos nessas<br />
áreas". (p.71).<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgugtZAlHlhzkxLnrstosGuTODQizIjgrJPInPGcAD0AxcMVGVbP97rkhTL0n0cSfcMIXH7XYqZCblXkVQFjewhjQGgsSkYkez2189wUD5KNNqLYMOLYJ8ADQdliotbhWS8OFCH4tytlcU/s1600/rouanet.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgugtZAlHlhzkxLnrstosGuTODQizIjgrJPInPGcAD0AxcMVGVbP97rkhTL0n0cSfcMIXH7XYqZCblXkVQFjewhjQGgsSkYkez2189wUD5KNNqLYMOLYJ8ADQdliotbhWS8OFCH4tytlcU/s1600/rouanet.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Paulo Sergio Rouanet</td></tr>
</tbody></table>...http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-36450446325047437162010-11-23T08:03:00.000-08:002010-11-23T08:03:07.856-08:00Etapas para a elaboração de um projeto cultural<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKCKMu9yZGJ5U7kUpCZ9Fa6sW8rIo1wE27MMD02T-kfPvEPMunTR_ZfDaOsiFUZYw4Cqxu7oXTX6ntLkXAcSs2I9waN0450bxvdyO01FS3Nvn3p5RdWrEXaig9JvHOD5mQVpu3xf95vuI/s1600/Gest%25C3%25A3o+Cultural.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKCKMu9yZGJ5U7kUpCZ9Fa6sW8rIo1wE27MMD02T-kfPvEPMunTR_ZfDaOsiFUZYw4Cqxu7oXTX6ntLkXAcSs2I9waN0450bxvdyO01FS3Nvn3p5RdWrEXaig9JvHOD5mQVpu3xf95vuI/s320/Gest%25C3%25A3o+Cultural.jpg" width="320" /></a></div><br />
O ponto de partida para elaborar um projeto cultural é a identificação de uma demanda ou oportunidade. A partir delas é que se estrutura o plano de ação. Esse processo pode ser facilitado e obter maior sucesso se for dividido em etapas. Cada etapa deve responder a questões específicas.<br />
Abaixo segue um roteiro que pode ajudá-lo na elaboração de um projeto, com exemplos voltados à democratização cultural.<br />
<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">1. Título</span></b><br />
Todo projeto deve ter um título que seja capaz de dar uma idéia concisa e clara da sua proposta. Um bom título orienta a construção do projeto. Porém, ele pode ser atualizado quando o projeto for concluído para que incorpore as mudanças<br />
e aprimoramentos que possam ter sido realizados ao longo do processo.<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><b>2. Descrição e justificativa</b></span><br />
Geralmente, inicia-se um projeto respondendo à seguinte questão:<br />
Por que o projeto deve ser implementado?<br />
Esse item deve esclarecer que o projeto responde a uma determinada demanda percebida e identificada pela pessoa, comunidade ou entidade que o empreende.<br />
A sugestão é apresentar um diagnóstico que reúna elementos capazes de enfatizar a relevância dessa demanda, tais como: dados sobre a região e a população atendida, suas necessidades sociais, a acessibilidade a atividades culturais, os antecedentes e outros esforços já implementados.<br />
As perguntas abaixo também podem ajudar a elaborar essa etapa:<br />
Qual a importância dessa demanda/questão para a comunidade?<br />
Que benefícios serão alcançados pelo público-alvo do projeto?<br />
Em um projeto de democratização cultural, a demanda geralmente está na baixa incidência de práticas culturais entre a população, o que se mede pela escassez de equipamentos (teatros, cinemas, museus etc.), pela baixa acessibilidade a eles, pela oferta restrita de opções culturais na região, ou, simplesmente, pela falta de conhecimento e informação a respeito das opções ali presentes.<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><b>3. Objetivos</b></span><br />
Ao se especificar o objetivo de um projeto, deve-se buscar respostas<br />
para as questões: para que? e para quem?<br />
Os objetivos devem ser formulados visando especificar aquilo que se quer atingir a partir da realização do projeto, apresentando soluções para uma demanda ou respondendo a uma oportunidade.<br />
Os objetivos podem ser classificados em dois níveis:<br />
Objetivo geral: corresponde ao produto final pretendido pelo projeto.<br />
Deve expressar o que se quer alcançar no longo prazo, ultrapassando<br />
inclusive o tempo de duração do projeto. O projeto não pode ser visto<br />
como fim em si mesmo, mas como um meio para alcançar um fim maior.<br />
Objetivos específicos: correspondem às ações que se propõe executar<br />
e aos resultados esperados até o final do projeto.<br />
Um projeto de democratização cultural tem por objetivo, no longo prazo,<br />
a formação de indivíduos - crianças, jovens e/ou adultos - mais aptos para<br />
a vida e para a construção de uma nova realidade. Seus objetivos específicos se concentram na realização das atividades propostas como meio para essa finalidade maior. Alguns exemplos são a realização de uma oficina de artes,<br />
a viabilização do acesso de uma determinada população a um espetáculo<br />
de dança, a capacitação de professores para atuarem como mediadores, entre muitos outros.<br />
Projetos culturais<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><b>4. Metas</b></span><br />
As metas detalham os objetivos específicos do projeto. Nesse sentido, devem ser concretas, expressando quantidades e qualidades que permitam avaliar, posteriormente, a efetividade do projeto.<br />
Uma meta dimensionada de maneira coerente ajuda a definir os indicadores que permitirão, ao final do projeto, evidenciar o alcance da atuação.<br />
Em um projeto de democratização cultural, as metas podem definir, por exemplo, qual setor da população será atendido, quantas pessoas serão beneficiadas, por quanto tempo cada pessoa estará envolvida nas atividades, com que grau de participação, entre outros.<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><b>5. Metodologia</b></span><br />
A metodologia de um projeto deve responder basicamente à seguinte questão:<br />
Como o projeto vai alcançar seus objetivos?<br />
Nesse sentido, deve descrever as estratégias e técnicas que serão empregadas.<br />
Em projetos de democratização cultural, várias estratégias podem ser adotadas, dentre elas:<br />
Exibição, circulação, difusão e distribuição cultural: oferecer, facilitar<br />
e qualificar a fruição artística pelo público beneficiado.<br />
Práticas culturais e sensibilização/educação artística: vivenciar o fazer<br />
artístico, seja por meio de oficinas, cursos ou outras atividades<br />
de caráter educativo.<br />
Formação artística e capacitação de mediadores: formação e/ou<br />
profissionalização de futuros artistas, mediadores ou arte-educadores.<br />
Além disso, a metodologia pode descrever de que maneira será a interação com o público beneficiado e como será a gestão do projeto.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">6. Cronograma</span></b><br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><br />
</span></b><br />
O desenvolvimento do cronograma deve responder à pergunta: quando?<br />
Todo projeto possui um prazo determinado para acontecer e apresenta algumas ações que se alternam ou se coordenam nesse período. A elaboração do cronograma visa organizar essas atividades em uma seqüência lógica e coerente que permita alcançar os resultados no prazo determinado.<br />
<br />
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: large;">7. Orçamento</span></b><br />
A elaboração de um orçamento deve permitir a previsão e o controle dos gastos que o projeto terá. Nessa perspectiva, responde à questão: quanto?<br />
O orçamento deve servir como um resumo financeiro do projeto no qual se indica quanto será gasto para sua realização e como. É uma ferramenta importante na gestão do projeto para o acompanhamento das despesas previstas e realizadas.<br />
Geralmente, agrupam-se os custos em blocos de despesas: material de consumo; administração; equipe; serviços de terceiros; cachês; aluguel de espaço e equipamentos; alimentação e hospedagem; transporte; divulgação; instalações e infra-estrutura, entre outros. Isso facilita a organização e o controle dos gastos.<br />
Projetos culturais<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><b>8. Mensuração de resultados</b></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><b><br />
</b></span><br />
Um projeto coerente é aquele que estabelece indicadores para medir seus resultados. Os indicadores podem ser:<br />
<br />
<b>Quantitativos:</b> consolidam números para avaliar o cumprimento das<br />
metas estabelecidas, a exemplo do número de comunidades atendidas,<br />
atividades realizadas, ou público dos espetáculos. Podem ser obtidos por<br />
meio da contabilização do número de pessoas beneficiadas, por exemplo.<br />
<br />
<b>Qualitativos</b>: trazem uma análise em profundidade sobre algum aspecto,<br />
como a metodologia empregada, os conteúdos de uma atividade,<br />
entre outros. Tais dados podem ser obtidos por meio de pesquisas<br />
de opinião, entrevistas, questionários de avaliação etc.<br />
Independentemente de serem qualitativos ou quantitativos, os indicadores devem sinalizar se as metas foram atingidas, além de permitir avaliar se a estratégia empregada foi bem sucedida, sinalizando quais pontos podem ser aprimorados.<br />
<br />
<br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Fonte: </span><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Manual de Apoio à Elaboração de Projetos de Democratização Cultural</span><br />
<br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Programa de Democratização Cultural Votorantim</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">Mais informações:</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">contato@institutovotorantim.org.br</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">www.votorantim.com.br/democratizacaocultural</span>...http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5871142275413480205.post-56578818105328298472010-09-14T10:49:00.000-07:002010-11-22T10:09:29.140-08:00Desconstruíndo o mundo para construir uma ArteQuem Gere cultura, domina o mundo, quem gere cultura não espera nove meses, as vezes espera mais e as vezes nasce assim de repente, serpeteando a vida como um respentista. Quem gere cultura gera sonhos de concreto vira mundo reza a vela. quem gera Cultura cultua e reza, todos os dias, por uma noite com com lua, por um céu com estrelas, Quem Gere cultura digere ruminando amontoando e espalhando tudo neste verbo continuo que não passa jamais e que fica neste verbo futuro que já era....<br />
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Por isto este é blog é feito para aprender fazendo desconstruindo para construir de novo e mais bonito.....<br />
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Muito Prazer Eu sou Tâmara Alves<br />
E faço Digestão Cultural........http://www.blogger.com/profile/01402179213216541216noreply@blogger.com0