segunda-feira, 9 de maio de 2011

FOMENTO E FINANC IAMENTO À CULTURA: QUAIS OS PRINCIPAIS DESAFIOS

Li um artigo de 2003 e pensei como apesar de terem se passado 8 anos, o assunto é atual, os tempos mudaram mas os desafios continuam os mesmos, não que não se evoluiu neste periodo, mas o que ocorre é que os desafios ainda não foram todos superados 1 a 1 em sua totalidade, vencemos pequenas batalhas, mas ainda existe a necessidade de vencer uma grande guerra.


Acostume se o blog voltou e com tudo agora....






Quais os principais desafios da política federal de cultura



Em primeiro lugar desenvolvê-la no sentido de situá-la no centro da atuação 
pública, no centro das reflexões sobre desenvolvimento com justiça social e 
portanto no centro das decisões políticas do Governo Federal e da sociedade;  
o Isto se faz de muitas formas, mas essencialmente promovendo e 
desenvolvendo um Plano Nacional de Cultural, com horizonte 
mínimo de 05 anos a exemplo de países como México, Chile, Colômbia, 
que focalize as preocupações e os esforços nacionais em direção a uma 
sociedade mais justa e com forte atenção aos direitos dos cidadãos. 
o Promovendo uma ampla discussão nos fóruns representativos da 
sociedade como Conselho de Desenvolvimento Social e Econômico, o 
Congresso Nacional, os parlamentos regionais, colaborando no PPA e 
em qualquer documento político que apresente os esforços nacionais de 
desenvolvimento; 
o Lutando por verbas públicas dignas através do mecanismo da 
vinculação, como utilizado pelas áreas de educação e saúde no país. 
‰ Fundamentar as políticas de culturas em um sistema articulado entre municípios, 
estados, federação, destacando o território local como lócus privilegiado da 
dinâmica cultural e o poder local como primordial para entender e atender os 
fenômenos e atividades culturais; 
o Implantando o Sistema Nacional de Cultura, através de uma reforma 
administrativa proposta pelo Ministério da Cultura, que conte com 
diretrizes claras de atuação, metas de desempenho e indicadores de 
avaliação, com financiamento trípartide e controle social.  
o Descentralizando as ações do Estado, através de agências/fundos 
regionais de desenvolvimento cultural, com contribuições dos impostos 
municipais, estaduais e federais e participação das estatais; 
o Formando gestores de cultura pelo país todo, qualificando a carreira 
pública de cultura, abrindo concursos onde eles sejam necessários; 7
‰ Universalizar o acesso ao conhecimento cultural, democratizando os meios e 
ampliando a capilaridade através da ampliação dos serviços prestados à sociedade 
brasileira; 
o Escola – influenciando na grade curricular de ensino, devolvendo o 
protagonismo cultural aos bancos escolares, com isto formando hábito, 
gosto etc. Destacando a necessidade do retorno da formação artística e 
cultural na rede pública educacional do país. 
o Priorizando o livro e a leitura, como instrumentos insubstituíveis, a 
exemplo do México, em todas as ações voltadas para ensino/educação, 
desenvolvendo competências e habilidades de leitura absolutamente 
necessárias para qualificar as condições de vida dos cidadãos no século 
XXI; 
o Circuitos e intercâmbios culturais organizados localmente através de 
programas federais de incentivos e da organização do calendário de 
festivais e mostras nacionais e internacionais 
o Ampliando a presença do Estado em todos as comunidades e territórios, 
expandindo os espaços públicos de cultura ou fortalecendo os espaços 
culturais comunitários, provendo-os de experiências e referencias plenas 
de sentidos. Serviços culturais que podem se dar através de dinâmicas 
locais através de ongs, de escolas, de associações comunitárias, de 
bibliotecas, de ruas e praças; 
o Incentivando práticas culturais variadas, nas escolas, nos bairros, nas 
ruas, através de oficinas, de aulas públicas, de concertos abertos, 
buscando outras formas de mediação entre o projeto cultural e o cidadão, 
superando a concepção de mero espectador. 
‰ Organizar o processo da produção comercial de cultura, dos setores profissionais 
com apelo mercadológico e industrial; 
o Estimular e financiar a estrutura profissional para oxigenação do setor, 
infra-estrutura hoteleira, salas de apresentação, circuitos internacionais, 
feiras; 
o Adequar o perfil das leis de incentivos aos desafios de criar um sistema 
de produção cultural orgânico e positivo; 
o Convocar a participação do empresariado através de diagnósticos e metas 
estabelecidas pelo Estado (Cinema, Teatro Comercial, Artesanato etc), 
visando o desenvolvimento setorial de longo prazo e não circunstancial; 
o Compreender a cultura como um ativo, capaz de gerar renda, trabalho e 

desenvolvimento sócio-econômico a partir da potencialização das 
singularidades da produção cultural de cada território; 8
o Apostar na qualificação profissional de qualidade implantando uma 
Fundação de Amparo a Qualificação Profissional no Campos das Artes 
semelhante ao das fundações de amparo à pesquisa no Brasil. 
‰ Tratar de diagnosticar as questões específicas de cada setor, fomentando-as com 
mecanismos diferentes e com financiamentos diferenciados. 
o Mecanismos centralizados não contribuem neste processo; 
o Desenhando programas de fomento que englobem todos os requisitos 
para o crescimento continuado de cada setor e não apenas subvenções 
esporádicas. 


Fonte: http://www.xbrasil.net/pdf/pp_fomento.pdf


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